Dificuldade para evacuar? Saiba tudo sobre a Constipação Intestinal
A constipação intestinal, também conhecida como prisão de ventre, é um problema digestivo comum que afeta pessoas de...
O pâncreas é um órgão na parte superior do abdômen que produz líquidos digestivos e o hormônio insulina. A região do pâncreas que produz hormônios, sobretudo insulina, não costuma ser afetada pela pancreatite aguda. No caso de pancreatite aguda, a inflamação se desenvolve rapidamente e se resolve no prazo de alguns dias, mas pode durar algumas semanas. No caso da pancreatite crônica, ocorre uma inflamação persistente do pâncreas, o que causa danos permanentes.
As causas mais comuns (mais de 70% dos casos) de pancreatite aguda são:
Os cálculos biliares causam aproximadamente 40% dos casos de pancreatite aguda. Os cálculos biliares são depósitos de material sólido na vesícula biliar. Esses cálculos, às vezes, se movem para dentro do duto que a vesícula biliar compartilha com o pâncreas (chamado de duto colédoco) e causam a sua obstrução.
O álcool causa aproximadamente 30% dos casos de pancreatite aguda. O risco de desenvolver pancreatite aumenta com o aumento da quantidade de álcool consumido (quatro a sete bebidas por dia para homens e três ou mais bebidas por dia para mulheres). O mecanismo que faz com que o consumo de álcool cause a pancreatite não é completamente compreendido. Uma teoria é que o álcool é convertido em substâncias químicas tóxicas no pâncreas, que causam danos.
Em algumas pessoas, a pancreatite aguda é hereditária. Foram identificadas mutações genéticas que predispõem as pessoas a desenvolverem pancreatite aguda. Pessoas com fibrose cística ou que possuem os genes da doença têm maior risco de desenvolver tanto a pancreatite aguda como a pancreatite crônica. Medicações, doenças autoimunes, aumento de triglicerídeos e infecções por alguns vírus também podem ser causas de pancreatite aguda.
Quase todas as pessoas com pancreatite aguda sentem uma dor intensa na região superior do abdômen. A dor se irradia para as costas em aproximadamente 50% das pessoas. Quando a pancreatite aguda é causada por cálculos biliares, a dor costuma começar subitamente e alcança a sua intensidade máxima em minutos. Quando a pancreatite é causada pelo consumo de álcool, a dor costuma aparecer depois de alguns dias. Independentemente da causa, a dor permanece constante e intensa, tem caráter penetrante e pode persistir por vários dias.
Não há um exame de sangue que diagnostique a pancreatite aguda se feito isoladamente, mas alguns exames a sugerem. As concentrações sanguíneas de duas enzimas produzidas pelo pâncreas, a amilase e a lipase, geralmente aumentam no primeiro dia da doença, mas voltam ao normal no prazo de três a sete dias. No entanto, se a pessoa já tiver tido outras exacerbações (surtos ou crises) de pancreatite, é possível que não ocorra um aumento significativo na concentração dessas enzimas porque uma parte tão grande do pâncreas pode ter sido destruída a ponto de que não tenham restado células suficientes para liberar as enzimas.
Uma tomografia computadorizada (TC) é particularmente útil para detectar inflamações do pâncreas e utiliza-se em pessoas com pancreatite aguda grave. Para esse tipo de exame, a pessoa também recebe uma injeção de um meio de contraste. O meio de contraste é uma substância que pode ser vista em radiografias. Uma vez que as imagens obtidas por TC são tão nítidas, esse tipo de exame ajuda o médico a fazer um diagnóstico exato e a identificar complicações da pancreatite.
O tratamento da pancreatite aguda leve normalmente envolve hospitalização de curta duração, quando a pessoa recebe hidratação pela veia (por via intravenosa), analgésicos para aliviar a dor, e a pessoa fica de jejum para tentar deixar o pâncreas descansar. Uma dieta pastosa e pobre em gorduras normalmente é iniciada assim que a pessoa é admitida, se ela não estiver apresentando náusea, vômitos ou dor intensa.
Pessoas com pancreatite aguda moderadamente grave precisam ser hospitalizadas por mais tempo e recebem hidratação intravenosa. Desde que a pessoa consiga tolerar comer e beber, ela pode continuar a fazê-lo enquanto estiver doente.
Como a maioria das pancreatites agudas são causadas por pedras da vesícula que migram para o ducto colédoco, o tratamento definitivo para esses casos é a retirada cirúrgica da vesícula (colecistectomia).
Fonte: Manual MSD com adaptações de Dr. Renato Hideki.
Importante: todo o texto tem caráter meramente educativo, não sendo utilizado para diagnóstico, prognóstico ou tratamento.