CISTOS PANCREÁTICOS

Os cistos pancreáticos representam um grupo distinto de tumores benignos, pré-malignos ou malignos que requerem diagnóstico e tratamento apropriados. Os sinais e sintomas dependerão do tamanho, da localização e do tipo do cisto de pâncreas, mas, de forma geral, os pacientes tendem a ser assintomáticos.

cistos pancreáticos

https://saolucascopacabana.com.br/pt/sobre-nos/blog/conheca-as-doencas-do-pancreas

Classificação dos cistos pancreáticos:

  • Cistoadenoma serosos ou adenomas microcísticos (SCA): estes são cistos grandes geralmente bem delimitados, consistindo de múltiplos cistos geralmente menores que 5 mm cada. Estes cistos são considerados benignos, sem potencial de malignização. Ocorrem mais frequentemente em mulheres na sétima década de vida, mais frequentemente no corpo e na cauda do pâncreas. Tipicamente não apresentam sintomas e são achados em exames de imagem indicados por outra razão. 
  • Neoplasias císticas mucinosas (MCN): cistoadenomas e cistoadenocarcinomas mucinosos: os cistos podem ser únicos ou multiloculares com diâmetro de 1 a 35cm. Estes tumores são considerados lesões benignas com potencial de malignização. Ocorrem mais frequentemente em mulheres na quinta e sexta década de vida, mais frequentemente no corpo e na cauda do pâncreas. Diferentemente das neoplasias intraductais produtoras de mucina (IPMN) não se comunicam com o ducto pancreático. Tipicamente não apresentam sintomas e são achados em exames de imagem indicados por outra razão. 
  • Neoplasia intraductal mucinosa papilífera produtora de mucina (IPMN): são lesões pré-malignas provenientes do ducto pancreático. A chance descrita varia de 57-92% para os de ducto pancreático principal e de cerca de 20% nos de ductos secundários. Ocorrem mais frequentemente na sexta e sétima década de vida, afetando homens e mulheres igualmente. Alguns não possuem sintomas, no entanto, podem haver episódios de oclusão intermitente do ducto pancreático com dores que lembram e se confundem com episódios de pancreatite aguda.
cistos pancreáticos

https://institutoprogastro.org/2019/01/30/qual-o-risco-dos-cistos-pancreaticos/

A suspeita de um médico experiente é de fundamental importância para o diagnóstico. Na maioria dos casos, não há sinais ou sintomas, mas simplesmente achados de ultrassonografia, tomografia ou ressonância do abdômen. Outro método que contribui para o diagnóstico correto dos cistos pancreáticos é a endoscopia (colangiopancreatografia endoscópica) que pode visualizar a saída de mucina (“gelatina” clara) em casos de IPMN e visualizar dilatações ou alterações do ducto pancreático.

A ultrassonografia endoscópica não contribui de maneira certeira para o diagnóstico do tipo de cisto, porém pode contribuir para a obtenção de fluido do cisto para análise do tipo de célula (citologia benigna ou maligna) e de outros exames importantes deste líquido. A citologia e análise do líquido será importante naqueles cistos com suspeita de IPMNs ou MCNs.

O tratamento destes pacientes está mudando constantemente e a recomendação de cirurgia depende da idade e expectativa de vida, da presença de outros problemas de saúde e a estimativa do risco de desenvolvimento de câncer de pâncreas. Consenso existe em indicar cirurgia em todos os pacientes com cistos que tem potencial maligno (MCN) e com risco cirúrgico aceitável. Também se considera que devam ser ressecados todos os portadores de IPMN de ducto principal (independentemente de sintomatologia, já que o risco de malignização chega próximo a 50%).

cistos no pâncreas

Fonte: http://blanchospital.com.br/blog/por-que-trabalhar-em-um-hospital-especializado-em-cirurgia/

Fonte: Manual MSD com adaptações de Dr. Renato Hideki.

Importante: todo o texto tem caráter meramente educativo, não sendo utilizado para diagnóstico, prognóstico ou tratamento.

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